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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Dilma chama impeachment de ‘pedalada política’

Presidente também afirmou que não cometeu ‘nenhum desvio de conduta’

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que as tentativas de derrubar seu governo são “pedaladas políticas”. A declaração foi dada em entrevista exclusiva à EPTV, afiliada da TV Globo em Campinas, quando a presidente foi questionada sobre os pedidos de impeachment recebidos pela Câmara dos Deputados. Mais tarde, durante o Congresso da Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que se defende com serenidade das acusações dos adversários porque nunca cometeu desvio de conduta. Eu acho que também não está certo, é tentar chegar ao poder através de, vamos dizer assim, pedaladas políticas. Isso sim é pedalada. É chegar ao poder através de atalhos. Atalhos porque eu sou uma presidente que tem a vida ilibada, não há acusação de nenhuma maneira contra mim — disse Dilma em entrevista veiculada no início da tarde desta quarta-feira pela EPTV.
 
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Ainda durante a entrevista, Dilma afirmou que as chamadas “peladas fiscais”, prática que foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), ao rejeitar as contas do governo federal, foram feitas por “todos os governos” que a antecederam. A prática consiste em utilizar bancos públicos para pagar despesas que seriam do governo, como o pagamento de programas sociais.— As práticas que hoje chamam de pedaladas foram feitas por todos os governos antes de mim. Se é para mudar, nós não temos problema. Mudamos daqui pra frente. Mas não temos como mudar para o que até então era visto e tido como correto. Eu respeito o Tribunal (de Contas da União), eu respeito todos os tribunais. Eu só me permito o direito que todo brasileiro, toda brasileira tem, o direito de defesa.
 
DESVIO DE CONDUTA
Em seu segundo encontro com movimentos sociais em dois dias, desta vez no congresso do MPA em São Bernardo do Campo na tarde desta quarta-feira, a presidente Dilma voltou a desafiar os querem o seu afastamento do cargo. — Eu me defendo com serenidade, até porque não cometi nenhum desvio de conduta.

Dilma também afirmou acreditar que as suas atividades tenham sido vasculhadas pelos adversários em busca de alguma irregularidade. — Jamais utilizei em meu proveito a atividade de presidente da República, que exerci dignamente. Eles tentaram encontrar algo contra mim, mas não encontraram porque jamais cometi um malfeito na vida política.[Dilma desconhece o que é exercer qualquer atividade digna.]

Dilma repetiu parte do discurso da véspera, no Congresso da Central Única (CUT), em que classificou a oposição de golpista e a acusou de usar argumentos artificiais para tentar o seu impeachment. Mais uma vez, a petista foi interrompida em sua fala aos gritos de “não vai ter golpe” vindos da plateia formada por cerca 2 mil integrantes do MPA e outros movimentos sociais. A presidente pediu apoio para enfrentar a oposição.

Dilma considera que é alvo de uma ação golpista por parte da oposição para retirar o seu mandato por causa das conquistas sociais do seu governo e o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  — Não se iludam. É contra a reforma agrária, sim (que a oposição se mobiliza). É contra as políticas de sustentação da agricultura familiar, porque acham que gastamos muito com subsídios, é contra o modelo de partilha do pré-sal e contra o mais extenso período de distribuição de renda e redução da desigualdade.

[Devido o aperto da Polícia Federal sobre os ladrões do PT - o que tem diminuído o aporte de recursos para aquela organização criminosa - a turma dos militantes profissionais do MPA foi remunerada com apenas 30 reais e um sanduíche de 'pão com margarina' - a mortadela está temporariamente eliminada do cardápio.]

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